Com o objetivo de capacitar os profissionais de saúde para participarem do processo de doação e transplantes, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Central de Transplantes de Sergipe, promoveu nesta terça-feira, 17, o 3º Encontro das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante de Sergipe (CIHDOTT). Uma das pautas discutidas foi sobre como fazer o exame de histocompatibilidade (HLA), indicado para pacientes que serão submetidos a um transplante.

“A nossa expectativa é que o Hospital Cirurgia comece a realizar o transplante renal ainda esse ano, e para isso precisamos organizar a logística e o fluxo para que tudo esteja estabelecido. Este evento trouxe o pessoal das clínicas de emergência, os profissionais dos hospitais notificantes, uma vez que precisamos melhorar o número de doadores e estabelecer todos os pré-requisitos para que os receptores renais estejam ativos na lista de espera. Por isso a rede tem que estar conectada para prestar um serviço qualificado”, explicou o coordenador da Central de Transplantes em Sergipe, Benito Fernandez.

O responsável técnico do Laboratório Histocon, Fernando Vinhal, participou do encontro para falar sobre a unidade laboratorial, sua função e os benefícios. O Histocon realiza os exames pré-operatórios do candidato ao transplante e o acompanhamento após o procedimento. Embora seja um laboratório privado, é conveniado com o Sistema Único de Saúde (SUS) - que arca com 100% dos custos do transplante.

“O Histocon é um laboratório que faz os exames de compatibilidade entre doadores e receptores. Precisamos ter uma lista de espera formada, e por isso a nossa unidade recebe amostras de sangue dos receptores potenciais e pacientes que estão em fila de espera para o transplante. O nosso trabalho aqui é treinar as equipes para essa ação tão necessária para a vida”, ressaltou Fernando.

A assistente social Vitória Eshéfany participou da capacitação e destacou que a pauta da doação de órgãos precisa ser mais repercutida. “Apesar da temática ser de extrema importância, percebo que ela necessita ser massificada na sociedade, incluindo os profissionais. O meu interesse nesse evento é aprender mais, para conseguir disseminar e incentivar a doação de órgãos em todos os âmbitos”, disse a profissional.

Como ser doador

No Brasil, não é necessário deixar nada por escrito para ser doador de órgãos e tecidos. Basta avisar à sua família, dizendo: “quero ser doador de órgãos”. A doação de órgãos e tecidos só acontece após a autorização familiar documentada.